O psiquiatra e escritor Augusto Cury trouxe os temas fé e ciência em um vídeo intitulado “O Código Secreto de Deus Está no Teu Cérebro”, onde defende que o cérebro humano foi literalmente projetado para se conectar com Deus e que a própria neurociência estaria oferecendo evidências disso.
Com base em décadas de pesquisas em neurociência, ele afirma que há evidências de um “código divino” inscrito na mente humana.
Ao longo da exposição, ele descreve sete revelações científicas, fundamentadas em estudos sobre oração, meditação, jejum, música, comunidade de fé e esperança, que estariam levando até ateus a reavaliar suas crenças.
“Eles descobriram que o seu cérebro foi literalmente projetado para se conectar com Deus”, afirma, ao comentar pesquisas com ressonância magnética funcional em pessoas em oração e meditação.
Segundo o psiquiatra, não é necessário um volume extremo dessas práticas para que mudanças apareçam. Ele menciona estudos que apontam transformações mensuráveis após oito semanas de oração contemplativa, 20 minutos por dia: diminuição do tamanho da amígdala (região ligada ao medo e à ansiedade), espessamento do córtex pré-frontal (autocontrole e decisão) e aumento do hipocampo (memória e aprendizado).
“Quando a Bíblia diz ‘sede transformados pela renovação da vossa mente’, isso não é apenas metáfora”, afirma. Para ele, a neurociência estaria apenas “traduzindo em linguagem técnica” algo que a espiritualidade já ensinava.
‘Sete revelações científicas’
Conheça as “sete revelações científicas” sobre a relação entre fé, espiritualidade e o funcionamento do cérebro humano:
1. Experiências espirituais e o cérebro – Estudos de neuroimagem mostram que, durante oração ou meditação profunda, o lobo parietal superior — área que separa o “eu” do mundo — reduz sua atividade, gerando sensação de unidade com Deus ou o universo. Para Cury, isso revela que o cérebro foi projetado para vivenciar o espiritual, não apenas imaginá-lo.
2. O poder da oração e a neuroplasticidade – Pesquisas indicam que a oração contemplativa reprograma fisicamente o cérebro: diminui a amígdala (medo e ansiedade), fortalece o córtex pré-frontal (autocontrole) e aumenta o hipocampo (memória). Segundo Cury, “orar transforma literalmente a mente”.
3. A molécula de Deus (DMT) – O cérebro produz naturalmente a substância DMT, associada a experiências espirituais intensas, especialmente durante o sono profundo. Cury relaciona isso aos sonhos e visões de personagens bíblicos, interpretando como um mecanismo criado por Deus para comunicação entre dimensões.
4. Jejum e reprogramação cerebral – O jejum ativa a autofagia, processo que elimina toxinas e estimula o crescimento de novos neurônios. Para Cury, a prática funciona como um “reset” neurológico que renova mente e espírito, explicando a clareza mental e o fortalecimento espiritual descritos na Bíblia.
5. A adoração e a química da alegria – A música e a adoração intensa ativam todas as áreas do cérebro e liberam dopamina, serotonina, ocitocina e endorfinas — substâncias ligadas à alegria, paz e vínculo. Cury afirma que a adoração genuína muda a química cerebral e gera bem-estar físico e emocional.
6. Comunidade e propósito – Participar de uma comunidade de fé fortalece o cérebro e prolonga a vida. Estudos de Harvard mostram que fiéis vivem, em média, sete anos a mais. Cury explica que o pertencimento, o apoio mútuo e o senso de propósito protegem contra estresse, solidão e declínio cognitivo.
7. Esperança e cura – A esperança baseada na fé ativa o córtex pré-frontal e regula o sistema nervoso, reduzindo o estresse e fortalecendo o sistema imunológico. Para Cury, a fé e a esperança em Deus são forças neurológicas reais que impulsionam a recuperação e sustentam a saúde emocional.
‘Protocolo espiritual’
Cury conclui com um “protocolo espiritual” composto por seis práticas: oração contemplativa, jejum semanal, adoração expressiva, vivência em comunidade, leitura bíblica meditativa e gratidão diária.
Ele afirma que essas ações ativam o “código divino” no cérebro, promovendo transformação mental e emocional mensurável.
“A fé e a ciência não estão em conflito – estão convergindo para a mesma verdade”, diz o autor, defendendo que a neurociência confirma o que a espiritualidade já sabia: o ser humano foi criado para se conectar com Deus.
– Oração contemplativa diária de 20 minutos;
– Jejum semanal de 16 horas ou mais;
– Adoração expressiva com música e envolvimento emocional;
– Participação constante em comunidade de fé;
– Leitura contemplativa da Bíblia por pelo menos 15 minutos ao dia;
– Prática intencional de gratidão em vários momentos do dia.
Na visão do psiquiatra, a combinação dessas práticas, ao longo de semanas e meses, não apenas fortaleceria a espiritualidade, mas alteraria de forma observável o funcionamento do cérebro, reduzindo ansiedade, ampliando clareza mental, melhorando relacionamentos e reforçando o senso de propósito e alegria.
Dirigindo-se tanto a crentes quanto a céticos, Cury insiste que não se trata apenas de “crer mais”, mas de testar na própria experiência: “A ciência está te dando permissão para experimentar”, conclui.
Para ele, longe de ameaçar a fé, a neurociência estaria abrindo uma nova frente de diálogo, na qual fé e pesquisa “não estão em conflito, mas convergindo para a mesma verdade”.
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