Ação integrada prende 14 suspeitos por roubo de cargas no Rio Madeira e atinge esquema milionário em Rondônia e Amazonas.
Uma megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (26) desmantelou uma quadrilha especializada no furto de cargas transportadas por balsas no Rio Madeira, em Porto Velho. Batizada de Piratas do Madeira, a ação resultou na prisão de 14 pessoas e no bloqueio judicial de R$ 126 milhões em bens ligados ao grupo criminoso.
A operação é coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RO) e conta com a atuação da Delegacia Especializada em Repressão a Extorsões, Roubos e Furtos (DERF) da Polícia Civil de Rondônia. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho, Ariquemes (RO) e Humaitá (AM), após meses de investigação.
Segundo a Polícia, os criminosos formavam uma estrutura altamente organizada, com divisão clara de funções. Os líderes operavam à distância, enquanto equipes armadas realizavam os ataques às embarcações no rio. As cargas, compostas principalmente por adubo, soja, milho e outros produtos agrícolas, eram transportadas por caminhões para diversos destinos.
Esquema milionário e penas severas
O grupo agia de forma silenciosa, mas com forte impacto financeiro, desviando toneladas de mercadorias e movimentando milhões de reais em rotas ilegais. Com o bloqueio de R$ 126 milhões, os investigadores visam impedir a continuidade das atividades do grupo e garantir reparação ao prejuízo causado.
Os investigados devem responder por furto qualificado, associação criminosa armada e lavagem de dinheiro, crimes que somam penas superiores a 15 anos de prisão.
A operação mobilizou 71 agentes de segurança e contou com o apoio do Gaeco do Ministério Público de Rondônia, Polícia Militar do Amazonas, além de órgãos como Sesdec, Sedam e Funai.
A Polícia Civil destacou a importância da atuação conjunta no combate ao crime organizado. “Essa operação representa o resultado de um trabalho minucioso de inteligência e integração. Estamos comprometidos com a defesa do patrimônio e da ordem pública em Rondônia e na região amazônica”, informou a corporação.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação/MInha Porto Velho