Dois proeminentes líderes religiosos norte-americanos manifestaram-se publicamente para defender a eficácia da oração, após as críticas surgidas na sequência do tiroteio na Escola Católica Annunciation, em Minneapolis, Minnesota, na semana passada.
O incidente, ocorrido quando um atirador que se identificava como transgênero abriu fogo dentro da escola, resultou na morte de duas crianças e deixou outras 17 feridas. Na esteira da tragédia, várias figuras públicas questionaram publicamente a utilidade de pedidos de oração como resposta.
Jen Psaki, ex-secretária de imprensa do presidente Joe Biden, declarou na plataforma X na quarta-feira, 23 de outubro: “Rezar não é suficiente”. E acrescentou:
“Orações não acabam com tiroteios em escolas. Orações não fazem os pais se sentirem seguros mandando seus filhos para a escola. Orações não trazem essas crianças de volta. Chega de pensamentos e orações.”
Estes comentários foram subsequentemente classificados como “incrivelmente insensíveis” por Karine Jean-Pierre, atual secretária de imprensa da Casa Branca, e contestados pelo vice-presidente JD Vance, que defendeu publicamente o poder da oração.
Declarações dos líderes
O pastor Greg Laurie, da Harvest Christian Fellowship, publicou uma declaração na quinta-feira, 24 de outubro, em resposta a um post do Departamento de Segurança Interna dos EUA que encorajava a oração. “Aqueles que criticam a oração não poderiam estar mais enganados”, afirmou Laurie.
Em sua resposta, o pastor abordou diretamente o argumento do prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, que havia destacado que as crianças estavam orando quando foram baleadas.
“Sim, é de partir o coração que crianças estivessem rezando quando foram baleadas na igreja em Minneapolis. No entanto, lembremo-nos de que o próprio Cristo orou ao ser crucificado, Estêvão orou ao ser martirizado e inúmeros outros cristãos corajosos ergueram suas vozes a Deus em seus momentos finais de vida.”
Laurie finalizou sua mensagem citando o versículo bíblico 2 Crônicas 7:14 e afirmando: “Vamos lembrar de orar por nossa nação — não importa o que os especialistas digam”.
O reverendo Franklin Graham, CEO da Associação Evangelística Billy Graham e da Samaritan’s Purse, também se pronunciou sobre o assunto numa publicação no Facebook na sexta-feira, 25 de outubro.
Dirigindo-se especificamente ao prefeito Frey, que havia implorado nas redes sociais: “Não digam apenas que precisamos de pensamentos e orações. Essas crianças estavam literalmente em uma igreja rezando”, Graham escreveu:
“Ao prefeito democrata de Minneapolis e aos demais socialistas de esquerda que criticaram o apelo à oração após o trágico tiroteio na escola — suas palavras não mudam nem diminuem o poder e a importância da oração”.
Graham prosseguiu explicando sua visão teológica: “Só porque alguém pede oração não significa que coisas ruins não vão acontecer… Mas a oração é a nossa oportunidade de nos comunicarmos diretamente com o Deus do Céu”.
Ele identificou Satanás como “o autor de todas as mentiras, da turbulência e da violência” por trás do tiroteio, e expressou a crença em um juízo final divino onde “Jesus Cristo enxugará toda lágrima”.
O reverendo concluiu sua mensagem com uma exortação direta: “Espero que você [prefeito Frey] venha a reconhecer o preço que foi pago pelos seus pecados e que você entenda o valor da oração em sua própria vida”.
O debate sobre o papel da oração como resposta a tragédias públicas continua a gerar discussão acalorada nos Estados Unidos, refletindo um profundo divisor de opinião na sociedade norte-americana. Com: The Christian Post.