Uma missa realizada no sábado, 15 de novembro, na Igreja de Santa María la Real, em Sevilha, na Espanha, provocou protestos de fiéis após a exposição de uma bandeira com as cores do movimento LGBT junto ao altar. O objeto foi colocado pelo padre Francisco Javier Rodríguez, que acabou sendo acusado de “traição” por um integrante da associação católica Orate.
A entidade havia solicitado inicialmente a celebração de uma missa fúnebre em memória de jovens falangistas, aliados do regime de Francisco Franco, mortos durante a Guerra Civil Espanhola. O pedido chegou a ser aceito, mas posteriormente foi retirado, diante da avaliação de que a cerimônia poderia assumir caráter político.
Durante a celebração de sábado, um representante da Orate foi registrado em vídeo elevando o tom de voz contra o sacerdote. Nas imagens, ele afirma: “O primeiro culpado é você, que está acolhendo o pecado nesta missa”, e em seguida chama o padre de “traidor”.
Em resposta, Francisco Javier Rodríguez citou declarações do papa Francisco sobre acolhimento e integração na Igreja. Após o episódio, a associação Orate encaminhou uma carta à arquidiocese e ao Vaticano em que fala em “abusos litúrgicos”, pede a apuração das condutas atribuídas ao sacerdote e solicita eventuais providências.
Em entrevista a um jornal espanhol, o padre negou ter recusado a celebração da missa fúnebre solicitada pelo grupo. “Se a Igreja é de todos, também é deles”, declarou. Ele acrescentou que os integrantes da Orate foram informados de que o ato religioso não incluiria manifestações de natureza política, de acordo com a revista Oeste.







































