Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá (MT), sendo flagrado dentro da casa paroquial com a noiva de um fiel.
O município, localizado a cerca de 392 quilômetros de Cuiabá, possui pouco mais de 5 mil habitantes. As imagens geraram ampla repercussão entre moradores e fiéis da região.
De acordo com o registro, o noivo arromba a porta do quarto e do banheiro após o padre se recusar a abrir. O vídeo mostra ainda a mulher chorando embaixo da pia do banheiro, enquanto o homem grava a cena. O conteúdo rapidamente se espalhou por aplicativos de mensagens e redes sociais locais.
Diocese investiga
Em nota oficial, a Diocese de Diamantino (MT), responsável pela paróquia, confirmou que instaurou uma investigação canônica para apurar a conduta do sacerdote.
“Comunicamos que, tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus, todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas. Pedimos a compreensão e a oração de todos”, diz trecho do comunicado divulgado pela Diocese.
Versão do padre
Em um áudio que também circula nas redes sociais, Luciano Braga Simplício declarou que não manteve relações sexuais com a fiel e que o episódio se tratou de um “mal-entendido”. Segundo o sacerdote, a mulher havia pedido permissão para usar um quarto externo da casa paroquial para tomar banho e trocar de roupa, após trabalhar durante o dia na igreja.
“Ela brincou: ‘Padre, eu vou dormir ali’, e eu disse que era para ela dormir do lado de fora. Ela estava sozinha e o menino [noivo] tinha viajado”, afirmou o padre no áudio.
O sacerdote relatou ainda que estava tomando banho quando ouviu barulhos e, em seguida, a mulher gritando.
“Quando eu estava tomando banho, ouvi ela gritando ‘Tem gente, tem gente’. O pessoal já estava bravo, querendo falar comigo. Não teve nada. O problema é que, quando eles chegaram, eu tinha ido tomar banho, e ela não queria ser vista, porque já tinha sido assaltada e ficou com medo. Eram 23h e pouco”, explicou.
Luciano Braga reiterou que “não houve nada além disso” e lamentou a repercussão do caso, afirmando que a situação foi mal interpretada.
A Diocese de Diamantino confirmou que o padre segue afastado das atividades pastorais até a conclusão do processo. O episódio dividiu opiniões entre os fiéis da comunidade, que aguardam o resultado da apuração e as medidas que poderão ser adotadas pela autoridade eclesiástica.
Até o momento, nenhum novo pronunciamento oficial foi divulgado pela Diocese ou pelo padre após a abertura da investigação.