O pastor Tony Suárez refletiu sobre o despertar espiritual nos Estados Unidos e destacou que o avivamento está se expandindo além das fronteiras denominacionais e culturais no país.
“Estamos vendo crescimento em todos os lugares. E o que eu amo é que isso está sendo visto em todas as faixas etárias e etnias. É algo que você não consegue parar”, disse ele ao The Christian Post.
Tony é fundador do Revival Makers Ministries e vice-presidente da Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica (NHCLC). Na entrevista recente, ele se referiu a profecia em Joel 2:28-29, que diz:
“Depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todas as pessoas. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias”.
“Esses são os dias pelos quais nossos pais oraram. Nossos avós profetizaram que haveria um último grande despertar antes da volta de Cristo, e eu acredito que estamos vivendo isso agora mesmo”, declarou o pastor.
Embora algumas notícias afirmem que há uma diminuição da frequência à igreja e o distanciamento da fé entre os jovens, Tony contou que está vendo algo muito diferente.
“Os jovens estão famintos pelas coisas reais de Deus”, disse Tony, enfatizando que os jovens estão desejando uma experiência de adoração “autêntica”, guiada pelo Espírito.
Com cinco filhos entre 15 e 21 anos, o pastor enfatiza: “O avivamento não está chegando. O avivamento está aqui”.
A igreja hispânica nos EUA
Sobre o avivamento na igreja hispânica nos Estados Unidos, a NHCLC informou que as comunidades hispânicas e do Pacífico Asiático representam os segmentos de crescimento mais rápidos de quase todas as denominações no país.
“A igreja hispânica é pró-vida, pró-casamento e comprometida com a autoridade das Escrituras. Há uma reverência não apenas por Deus, mas pelo povo de Deus”, contou Tony.
Para ele, o crescimento demográfico é um dos sinais mais esperançosos para o futuro do cristianismo americano.
“É um daqueles momentos brilhantes de esperança que estamos vendo novamente na Igreja”, disse o pastor.
‘Invasão espiritual’
Em 2024, Tony ajudou a liderar uma série de eventos de avivamento ao longo da fronteira entre os EUA e o México, organizando grandes encontros no Texas, Arizona e Califórnia que atraíram milhares de participantes, incluindo migrantes, policiais e moradores locais.
“Há uma invasão na fronteira sul. Mas não é uma invasão política, é espiritual”, afirmou ele.
Durante a campanha de 2 semanas, sua equipe documentou mais de 10.000 salvações, batismos e testemunhos de cura.
“Uma das coisas bonitas sobre o cristianismo é que ele é um local de encontro para qualquer um que queira beber da fonte de Deus”, disse Tony.
“Tínhamos migrantes, agentes da Patrulha da Fronteira e moradores todos adorando juntos. Ninguém se importava com quem era quem”, acrescentou.
Segundo Tony, o movimento continuará em 2025, com planos de levar eventos de avivamento para regiões mais remotas do México.
Além de seu trabalho evangelístico, o pastor atua junto a políticos em defesa de uma reforma imigratória que priorize o fortalecimento da fiscalização nas fronteiras, promova a assimilação e ofereça uma via para a legalização sem concessão de anistia.
O pastor, que atuou como membro do Conselho Consultivo Evangélico de Donald Trump e do My Faith Votes, reconheceu que o medo tomou conta de muitos na comunidade hispânica nos últimos meses, especialmente em relação à aplicação da lei de imigração.
“Após a posse do presidente Trump, a frequência hispânica à igreja caiu em quase 30%. Havia um medo real sobre deportações em massa e ataques a igrejas, algo que nunca foi realmente proposto, mas foi espalhado na mídia de língua espanhola”, contou ele.
Tony pediu que as pessoas buscassem informações precisas e encorajassem seus amigos hispânicos.
“Há muita disseminação do medo, e precisamos ser mensageiros da verdade e da esperança”, afirmou ele.
Nascido em uma família missionária colombiana, Tony é um defensor da reforma abrangente da imigração. Na ocasião, ele também enfatizou que a situação na fronteira sul não é mais apenas uma questão latina:
“Quando oramos ao longo da fronteira, encontramos documentos de identidade do Haiti, China, Vietnã, isso agora é uma questão global de migração”.
Em um momento marcado pela divisão, Tony disse que o papel da Igreja é mais importante do que nunca, enfatizando a renovação espiritual acima da narrativa política.
“Há mais trabalho a ser feito, e não estou diminuindo a seriedade da crise da fronteira. Mas acredito que Deus está usando o que o inimigo pretendia para o mal, e transformando isso em bem”, concluiu.
