Don Veinot, presidente da organização cristã Midwest Christian Outreach, relatou em entrevista ao podcast “Ex Psychic Saved” sua atuação evangelística na Paganicon – convenção anual que reúne satanistas, bruxos, druidas e espiritualistas alternativos.
Com uma equipe treinada, Veinot frequenta o evento há oito anos para estabelecer diálogo respeitoso: “Vamos para a casa deles. Precisamos ser respeitosos ao compartilhar o Evangelho”, afirmou ao programa conduzido por Jenn Nizza, ex-médium convertida ao cristianismo.
Como tudo acontece?
Criado por pai ateu e mãe praticante de astrologia, Veinot converteu-se após leituras indicadas por sua esposa, Joy. A dupla iniciou o ministério com fitas de áudio e linhas de apoio, evoluindo para a abordagem presencial em espaços com a presença de satanistas e bruxos.
Seu método prioriza perguntas e humildade: “As pessoas não se sentem atacadas assim. Mas exige preparo – não é para todos os cristãos”, destacou.
Dados apresentados indicam que 80% dos participantes da Paganicon têm histórico cristão. “Frequentavam igrejas legalistas, não tinham respostas para dúvidas espirituais e eram repreendidos por questionar”, analisou Veinot, vinculando o crescimento neopagão ao declínio das comunidades cristãs tradicionais.
Cenário cultural e críticas:
Veinot e Nizza discutiram a ascensão do “feminino divino” e do neopaganismo na cultura ocidental: “Estamos na era do reencantamento. Se a Igreja não acordar, o futuro será de espiritualidade alternativa, não de ateísmo”, alertou o evangelista. Nizza complementou: “É uma mentira ancestral que engana multidões”.
Entre histórias marcantes, Veinot citou um ex-satanista que tentou amaldiçoá-lo: “Ele voltou dizendo: ‘Lancei feitiços contra você, mas me tornei cristão. Seu comportamento me impactou’”.
A abordagem aos satanistas e bruxos, segundo o ministro, baseia-se em amor e paciência – princípio endossado por Nizza: “São pessoas perdidas, como nós já fomos”.
A organização mantém foco no discipulado pós-conversão: “Novos convertidos precisam crescer na fé e entender as Escrituras”, reforçou Veinot, cujo trabalho ilustra uma vertente evangélica que opta pelo engajamento em ambientes secularmente evitados. Com informações: The Christian Post.