A pastora nigeriana Olajumoke Adewuyi declarou, em entrevista recente, que o escritor e teólogo Daniel Mastral não cometeu suicídio, como aponta a principal linha de investigação da Polícia Civil, mas foi assassinado em razão das denúncias que fazia contra práticas de satanismo.
Radicada no Brasil há duas décadas, Olajumoke tem se notabilizado por abordagens espirituais contundentes em suas redes sociais, onde soma quase 40 mil seguidores.
Daniel Mastral foi encontrado morto no dia 12 de agosto de 2024, em uma estrada de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. Desde então, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de suicídio. No entanto, Olajumoke contestou essa versão: “Ele entregou todo mundo. Ele não se matou, alguém fez isso porque ele denunciou. O diabo não quer que ninguém fale da podridão dele”.
Além da morte de Mastral, a pastora também fez acusações envolvendo personalidades públicas e líderes religiosos. Entre os nomes citados está o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. “O bispo Macedo fez e montão de pastor também fez aliança com o diabo para ter riqueza na Terra”, afirmou Olajumoke durante a entrevista.
As declarações ganham mais peso diante de relatos anteriormente divulgados por outros ex-satanistas. Vicky Vanilla, que se identifica como ex-integrante de seitas ocultistas, tornou público um áudio atribuído a Daniel Mastral, no qual ele demonstrava temor por sua vida. “Se eu falar nesse momento, me executam. Mas depois que eu deixar registrado… porque se eu registrar nos meus canais, tem muita gente que tem acesso aos meus canais, minhas senhas, etc., podem deletar. Mas no seu canal, não. No seu canal fica para a eternidade”, diz Mastral no trecho divulgado.
A pastora também falou sobre sua trajetória pessoal e espiritual. Em seu relato, mencionou ter sido vítima de abuso sexual durante a infância e contou ter tido experiências com práticas de bruxaria antes de sua conversão. Segundo ela, essas vivências moldaram sua missão atual de alertar os cristãos sobre o que chama de “realidade do mundo invisível”.
Olajumoke também abordou fenômenos da infância que, segundo sua interpretação espiritual, devem ser observados com atenção pelos pais: “A criança que fala sozinha ou tem amiguinho imaginário, é espírito de erê mirim. Os pais precisam ajudar senão o diabo domina”, declarou durante a participação no PodCrê.
Em suas redes sociais, a pastora publica vídeos e mensagens voltadas à libertação espiritual e à batalha que afirma travar desde o nascimento. As manifestações públicas de Olajumoke têm gerado repercussão entre evangélicos e internautas que acompanham o caso Mastral, reacendendo debates sobre espiritualidade, ocultismo e denúncias envolvendo líderes religiosos no Brasil.