A decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pela suposta tentativa de golpe, recebeu críticas de líderes evangélicos.
O colegiado formou maioria de 4 votos a 1 a favor do relatório do ministro Alexandre de Moraes, com o voto divergente do ministro Luiz Fux, que apontou ausência de provas contra a maioria dos acusados.
O pastor Tiago Santos, professor de teologia, afirmou: “Triste é a nação em cujo solo floresce a injustiça e viceja a vileza. Triste quando o direito é torcido e a lei, em vez de servir à verdade, se torna instrumento de perseguição. Triste ainda quando o povo precisa buscar socorro além de suas próprias fronteiras, porque já não se mostra capaz de purificar-se do mal e de sustentar a justiça com as próprias mãos”, afirmou, referindo às manifestações do governo dos Estados Unidos contra o processo, considerado ilegal pelas razões apontadas pelo ministro Fux em seu voto.
“A condenação do ex-presidente Bolsonaro é mais um retrato desse estado de coisas: uma marca da injustiça erigida como sistema, que fragiliza a confiança do cidadão e revela a degradação de nossas instituições”, acrescentou Santos.
O pastor Franklin Ferreira, professor de teologia e escritor, também se manifestou: “O STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. Lula teve suas condenações anuladas pelo STF. E, agora, mais uma vez vemos o mesmo STF agindo como um tribunal político, rasgando a Constituição, destruindo o devido processo legal e ignorando a vontade de milhões de brasileiros. Como povo de Deus, não colocamos nossa esperança em homens. Como diz a Escritura: ‘Porque o Senhor executa justiça e juízo a favor de todos os oprimidos’ (Salmos 103:6)”.
Já o pastor Renato Vargens, escritor, resumiu sua crítica de forma direta: “27 anos de cadeia para o único presidente honesto no Brasil. Isso não é normal, é injustiça”.