A pastora neopentecostal Renallida Carvalho concedeu entrevista ao programa Profissão Repórter, da TV Globo, exibido na noite de 26 de agosto, na qual reconheceu que fez tatuagem em homenagem a Hytalo Santos e que seu filho participou de festas e de conteúdos produzidos pelo influenciador.
A reportagem abordou denúncias de adultização infantil nas redes sociais, tema que ganhou repercussão após denúncias do influenciador Felca. O programa destacou a prisão de Hytalo Santos e de seu companheiro, Euro, sob acusação de exploração e de expor adolescentes a situações consideradas inapropriadas.
Renallida foi apresentada pela emissora como ex-amiga de Hytalo e Euro. Em seu depoimento, relatou ter mantido grande proximidade com a dupla, participando de momentos em família e de atividades religiosas. A pastora também afirmou que chegou a fazer uma tatuagem em homenagem a eles, mas que posteriormente apagou.
Participação do filho
A líder neopentecostal confirmou que seu filho, à época com 16 anos, namorou uma adolescente que vivia na casa de Hytalo. Durante esse período, ele frequentava a residência para reuniões de oração e chegou a aparecer em conteúdos publicados nas redes sociais. Segundo Renallida, muitas dessas participações ocorreram sem sua autorização prévia. “Muitas vezes eu só descobria os vídeos depois que já estavam publicados”, declarou.
Em um registro exibido pela TV Globo, Hytalo questiona se ela permitia que o filho fosse sozinho até sua casa. Renallida, diante da câmera, respondeu que sim.
Esclarecimentos
Ao ser questionada pelo Profissão Repórter, Renallida negou que o filho tenha morado com os adolescentes na residência de Hytalo. Segundo ela, o jovem passava apenas curtos períodos no local durante os três meses de namoro com a adolescente. Após o fim do relacionamento, garantiu, ele se afastou totalmente do grupo.
A edição do programa reforçou o debate sobre os riscos da exposição digital de crianças e adolescentes. O conteúdo destacou como a busca por engajamento pode ultrapassar limites, resultando em consequências jurídicas, éticas e morais. A reportagem também levantou reflexões sobre a responsabilidade de influenciadores e dos responsáveis legais diante do alcance e do impacto das redes sociais na vida de menores de idade.