O presidente Lula (PT) se reuniu no Palácio do Planalto, em Brasília, com bispos da Assembleia de Deus de Madureira e parlamentares evangélicos. Participaram o advogado-geral da União, Jorge Messias, mencionado por interlocutores como possível indicado a uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo relatos de presentes, o encontro teve caráter religioso e incluiu momentos de oração. O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) afirmou que a visita foi de cortesia e não tratou de indicações ao STF nem de eleições: “Estamos em um período um pouco conturbado com tudo o que está acontecendo e nós oramos pelo presidente”, disse. Em seguida, reforçou: “Não viemos pedir nada por ninguém”.
Também estiveram no encontro a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e líderes ligados à Assembleia de Deus de Madureira, entre eles os bispos Primaz Manoel Ferreira e Samuel Ferreira. De acordo com Hoffmann, os religiosos entregaram ao presidente uma Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja Assembleia de Deus de Madureira. “Os convidados entregaram ao presidente uma Bíblia e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja Assembleia de Deus Madureira”, publicou a ministra nas redes sociais.
Em suas redes, Lula destacou o caráter espiritual da reunião e registrou a presença de Jorge Messias e de Gleisi Hoffmann. “Recebi hoje em meu gabinete o bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, que estava acompanhado do deputado federal Cezinha Madureira. Um encontro especial, de emoção e fé, compartilhado com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hhofmann”, escreveu o presidente.
O presidente relatou ter ouvido dos líderes o crescimento da denominação: “O pastor nos relatou o crescimento da igreja e o acolhimento aos fiéis. Pude reiterar a relação de respeito que tenho pela Assembleia de Deus e o relevante trabalho espiritual e social promovido pela igreja. Um trabalho pautado em valores cristãos que também mobilizam as ações do nosso governo: respeito, fraternidade, comunhão e apoio às famílias”, afirmou.
Lula também agradeceu pelos presentes e pelas orações: “Recebi com muito carinho os presentes que me trouxeram: a Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja. Obrigado também pela oração em minha proteção e também do nosso querido Brasil”.
A presença de Jorge Messias na agenda reforçou a sua visibilidade no governo, embora não haja anúncio oficial sobre indicação ao STF. Messias, que é evangélico e chefia a Advocacia-Geral da União, mantém relação de confiança com o presidente.
Nos últimos meses, Lula tem mantido diálogos com diferentes lideranças religiosas, evangélicas e católicas, em iniciativas de aproximação institucional. Em agenda recente no Vaticano, o presidente também se encontrou com o papa, em gesto interpretado por auxiliares como parte da estratégia de ampliar canais de diálogo com grupos de fé.