O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou mensagens com tom mais duro em relação ao Hamas, condicionando uma intervenção militar ao fim das execuções de civis na Faixa de Gaza. Segundo ele, a morte de pessoas em Gaza “não era parte do acordo” com Israel e, caso a violência continue, haveria resposta.
“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”, escreveu na Truth Social em 16 de outubro.
As declarações ocorreram em meio a apelos para que o Hamas interrompa ações contra civis palestinos. Nas últimas semanas, circularam vídeos que mostram execuções públicas na Cidade de Gaza, fato que motivou manifestações de governos e entidades internacionais.
Em 15 de outubro, o comandante do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM) no Oriente Médio, almirante Brad Cooper, divulgou nota cobrando o fim imediato da violência. “Nós fortemente urgimos o Hamas a suspender imediatamente a violência e os tiros contra civis palestinos inocentes em Gaza — tanto nas partes de Gaza controladas pelo Hamas quanto naquelas garantidas pelo IDF atrás da Linha Amarela”, afirmou.
No mesmo comunicado, Cooper disse que reiterou exigências atribuídas ao presidente dos Estados Unidos para que o Hamas “imediatamente desarme e ceda seu poder sobre a Faixa de Gaza”. Segundo o almirante, tais demandas têm sido rejeitadas pela organização. “Esta é uma oportunidade histórica para a paz. O Hamas deve aproveitá-la, recuando totalmente, aderindo estritamente ao plano de paz de 20 pontos do presidente Trump e desarmando-se sem demora”, declarou.
Trump já havia comentado anteriormente sobre imagens de repressão cometidas pelo Hamas, minimizando o impacto que tiveram sobre ele. “Aquilo não me incomodou muito, para ser honesto com você”, disse. Em seguida, comparou o grupo a quadrilhas criminosas: “É um par de gangues muito ruins. Não é diferente de outros países como a Venezuela [que têm] enviado suas gangues para [os EUA]”.
Ao tratar da recusa do Hamas em se desarmar, o presidente reforçou que considera o desarmamento um elemento central do plano de paz que defende e não descartou o uso da força. “Eles vão se desarmar, porque disseram que iriam se desarmar”, afirmou a repórteres. “E se eles não se desarmarem, nós vamos desarmá-los.” Na sequência, completou: “Eles sabem que não estou para brincadeiras”.