O Frei Gilson vem conseguindo fazer algo totalmente inédito: reunir mais de um milhão de pessoas em suas lives de Quaresma, que acontecem às 4h da manhã.
O mais surpreendente é que não são apenas os católicos fervorosos que estão assistindo às suas transmissões, mas um número significativo de evangélicos.
Embora muitos pastores renomados provavelmente não consigam atrair grande público evangélico para lives pela madrugada, o líder católico conquistou a simpatia desse segmento.
A identificação de evangélicos com o Frei Gilson não se baseia em princípios bíblicos ou doutrinários, mas sim em seu alinhamento com o bolsonarismo.
A série de ataques de influenciadores esquerdistas contra o religioso mobilizou o apoio de evangélicos de todo o Brasil. Essa união, porém, se deu menos pela fé compartilhada e mais pela sua identificação com o bolsonarismo.
Apesar do apoio recebido, muitos evangélicos reconhecem diferenças significativas entre as práticas do Frei Gilson e as de suas próprias igrejas. A utilização do rosário, por exemplo, envolve orações católicas à Virgem Maria, com repetições de “Ave-Marias” e “Pai-Nossos” durante a meditação sobre a vida de Jesus.
“Eu que não sou católico, sou evangélico, acordei às 4h da manhã pra assistir o Frei Gilson”, comentou um usuário no X. “Sou evangélico e amo Frei Gilson. Sempre quando dar, assisto suas lives. Coisa maravilhosa. Toda honra e glória a Deu”, escreveu outro.
A polarização política, porém, desencadeou uma série de ataques contra o sacerdote católico, cuja visão é conservadora e alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.