O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, acompanha com atenção o cenário político brasileiro e, segundo interlocutores da Casa Branca, trabalha com a hipótese de derrota de Lula nas eleições de 2026, “talvez até no primeiro turno”.
De acordo com informações publicadas pelo portal Metrópoles nesta quinta-feira, 26 de junho, a Casa Branca tem demonstrado simpatia por um nome da direita brasileira: o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar tem sido visto com frequência em reuniões no Executivo e no Legislativo norte-americanos e mantém alinhamento com o governo Trump em temas como relações bilaterais, geopolítica e sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Na mesma data, a Casa Branca foi informada de uma pesquisa de intenção de voto que aponta Lula com 41,6% e Eduardo Bolsonaro com 39,1%. O levantamento foi interpretado como um sinal de que o deputado tem competitividade para a disputa presidencial. Para aliados de Eduardo, o respaldo de Washington pode fortalecer sua pré-candidatura.
Apesar da receptividade ao nome do deputado, fontes ligadas à Casa Branca indicaram que uma manifestação explícita de apoio por parte dos Estados Unidos pode surtir efeito contrário, fortalecendo a campanha de Lula. Segundo esses interlocutores, a estratégia norte-americana será de cautela nos próximos meses.
O deputado federal Mário Frias (PL-SP), aliado de Eduardo, comentou o assunto em sua conta na rede X. Ele afirmou: “Há uma clara tentativa de tomar de assalto o capital político da família Bolsonaro. Ao que parece, esqueceram de combinar com os Russos, ou melhor, com os americanos. Eu estive com Eduardo e o Trump, em sua casa, vi com meus próprios olhos a deferência e respeito que o Trump tem com o Eduardo. Os assanhados tropicais tentam desmerecer o Eduardo, mas a realidade é dura. Vocês não irão emplacar algum teatro para disputar com Lula”.
Nos bastidores, a avaliação é que a Casa Branca já tem um nome favorito para a disputa presidencial brasileira, mas irá calibrar cuidadosamente suas ações no campo diplomático e político ao longo do próximo ano.