O Hospital Infantil de Los Angeles (CHLA) encerrou suas atividades no Centro de Saúde e Desenvolvimento para jovens trans, conforme comunicado enviado a pacientes em junho, após ordem executiva assinada pelo presidente americano Donald Trump.
A clínica, uma das maiores referências em atendimento pediátrico para “jovens trans” nos EUA, oferecia bloqueadores de puberdade, hormonioterapia e cirurgias através de seguros públicos.
A decisão segue a Ordem Executiva 14187 assinada pelo presidente Donald Trump em 28 de janeiro de 2025, intitulada “Protegendo Crianças contra Mutilações Químicas e Cirúrgicas”.
O documento proíbe financiamento federal para tratamentos de afirmação de gênero em menores de 19 anos, afetando hospitais que dependiam de verbas como Medicaid e Medicare.
Investigações
Em 9 de julho, a procuradora-geral Pam Bondi anunciou que o Departamento de Justiça emitiu intimações para acessar registros médicos de mais de 20 clínicas e profissionais. “Organizações que mutilaram crianças a serviço de uma ideologia distorcida serão responsabilizadas”, declarou Bondi em coletiva.
Três outros centros anunciaram redução de serviços:
Medicina da Universidade de Chicago
Hospital Nacional Infantil (Washington D.C.)
Hospital Infantil do Condado de Orange
Essas instituições juntam-se a Stanford e Pittsburgh, que já haviam limitado atendimentos anteriormente.
Situação das famílias:
O Los Angeles Times relatou preocupação entre pais sobre possível criminalização por buscarem tratamentos. Chad Mizelle, chefe de gabinete do Departamento de Justiça, afirmou em workshop da FTC:
“Usamos leis existentes sobre mutilação genital para proteger crianças”, acrescentando que “todas as ferramentas do Departamento estão sendo mobilizadas”.
Segundo o mesmo jornal, dezenas de hospitais californianos mantêm serviços de afirmação de gênero com financiamento estadual e privado. A Califórnia continua sendo um dos 15 estados que permitem terapias hormonais para menores jovens trans com consentimento parental.
A ordem executiva federal mantém exceções para tratamentos de condições como puberdade precoce e câncer, mas proíbe expressamente intervenções relacionadas à disforia de gênero em pacientes pediátricos. Com: Los Angeles Times.







































