Um homem acusado de vandalizar locais religiosos em Jerusalém foi preso novamente na madrugada desta terça-feira, 26 de agosto, sob suspeita de ter pichado a frase “há um holocausto em Gaza” na Igreja do Santo Sepulcro.
Segundo a polícia, ele foi localizado nas proximidades do santuário da Cidade Velha portando uma lata de tinta spray. O local, situado no Bairro Cristão, é considerado um dos pontos mais sagrados do cristianismo e recebe dezenas de milhares de peregrinos todos os anos.
De acordo com nota policial divulgada à imprensa israelense, câmeras de segurança identificaram o suspeito vagando perto de uma entrada da Cidade Velha, o que levou os agentes a interceptá-lo. Posteriormente, policiais encontraram a inscrição em hebraico dentro do terreno da igreja.
O Patriarcado Latino, responsável pela representação da Igreja Católica na Terra Santa, informou ao jornal The Times of Israel que não havia sido notificado oficialmente sobre o caso. Outras denominações cristãs que compartilham a custódia do local não comentaram o episódio.
O incidente ocorre duas semanas após pichações semelhantes terem sido feitas no Muro das Lamentações e na Grande Sinagoga de Jerusalém, em 11 de agosto. Na ocasião, frases como “Há um holocausto em Gaza” e “Crianças estão morrendo de fome” foram encontradas. A ação gerou forte reação de líderes políticos e religiosos. O suspeito, um morador ultraortodoxo de Jerusalém de 27 anos, foi detido pela polícia, mas posteriormente encaminhado a uma ala psiquiátrica por decisão do Tribunal de Magistrados, que rejeitou a solicitação de mantê-lo em prisão preventiva.
A família do acusado declarou que ele sofre de problemas de saúde mental e já havia sido hospitalizado anteriormente. O pai afirmou: “Meu filho está em um estado psiquiátrico grave e normalmente não faria algo assim. Ele é uma pessoa boa e gentil, e nós o amamos em casa. Condeno completamente suas ações; é uma vergonha e uma desgraça”.
Segundo relatos da imprensa, o homem já havia sido interrogado e liberado em outra ocasião após vandalizar a fotografia de um soldado israelense morto em Tel Aviv. A polícia informou que pretende apresentar denúncia formal ainda nesta terça-feira e solicitar a manutenção de sua custódia.