O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) foi denunciado por parlamentares de partidos de esquerda após participar do evento evangélico Celebrai, realizado no sábado, 13 de setembro, em Conselheiro Lafaiete (MG). Durante sua pregação, ele declarou que “nenhuma obra de feitiçaria vai governar mais essa terra, porque a presença do Deus eterno pode modificar os nossos corações”.
As falas foram interpretadas como racismo religioso por integrantes do PSOL e aliados, que apresentaram representações à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG). A deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) afirmou nas redes sociais que não deixará as declarações “impunes”.
O deputado pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) também protocolou pedidos de investigação na Mesa da Câmara dos Deputados e nos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. No âmbito estadual e municipal, a deputada Lohanna França (PV) e a vereadora Damires Rinarlly (PV) se somaram às denúncias.
Conhecido por sua atuação em defesa da fé cristã e da liberdade religiosa, Feliciano tem sido alvo recorrente de críticas por parte de setores da oposição. No evento, ele citou personagens associados a práticas de religiões de matriz africana: “Não sobrará em Conselheiro Lafaiete Zé Pilintra, Zé Pilantra, Exu Caveira, Tranca Rua e Preto Velho”.
O Celebrai, promovido pela prefeitura de Conselheiro Lafaiete, é considerado um dos maiores encontros evangélicos da região e ocorreu no estacionamento do ginásio poliesportivo Deputado Agostinho Campos Neto, de acordo com o Estado de Minas.