Um protesto organizado pela entidade pró-vida Bird Flip reuniu milhares de pessoas na última quarta-feira (22) em frente ao Parlamento de Nova Gales do Sul. Os participantes, em sua maioria mulheres, demandaram a criminalização do aborto baseado na seleção do sexo fetal – prática em que a gestação é interrompida quando o bebê é de um sexo não desejado.
John Ruddick, membro do legislativo estadual, declarou que a prática desse tipo de aborto está ocorrendo em território australiano. O parlamentar citou estudo das universidades Edith Cowan e Curtin, publicado na PLOS Global Public Health, que analisou 2,1 milhões de nascimentos registrados ao longo de 21 anos nos estados de Nova Gales do Sul e Austrália Ocidental.
A pesquisa indicou que a taxa de abortos de fetos do sexo feminino na Austrália supera a de países como China, Índia e Vietnã, onde a preferência cultural por filhos homens é documentada.
Ruddick apresentou à casa legislativa o “Projeto de Emenda à Reforma da Lei do Aborto (Proibição da Seleção de Sexo)”, que prevê penalidades de até 21 mil dólares australianos ou cinco anos de prisão para médicos condenados pela prática.
“Agora que temos as evidências do estudo, não sei que argumentos os defensores do aborto podem usar, exceto o racismo”, afirmou o parlamentar ao veículo The Catholic Weekly.
Joanna Howe, fundadora da Bird Flip, caracterizou o aborto seletivo por sexo como “repugnante” e “antitético aos valores australianos”. Em declaração ao mesmo periódico, classificou a proposta legislativa como “o primeiro projeto sensato a alcançar uma compreensão comunitária mais ampla sobre a questão”.
Entre os presentes estava Millicent Sedra, pastora da Echo Church, que discursou no evento. “Lutamos por todas as vidas humanas, esteja você no útero ou fora dele. Seu valor não reside no seu gênero, mas no fato de você ter sido criado à imagem de Deus”, declarou.
A líder religiosa criticou o que chamou de “defesa seletiva” de grupos feministas em relação ao tema. “Suas posições são absolutamente ultrajantes. Dirão que se importam em proteger as mulheres, exceto quando se trata de proteger uma mulher de ser desmembrada por um bisturi no útero”, afirmou.
Sedra também fez um resgate histórico da atuação de grupos cristãos: “Foram os cristãos que aboliram o infanticídio, a queima de viúvas na Índia e o sacrifício humano. E será o povo de Deus que abolirá o aborto”.
 
			

































 
    	 
					






