Ana Paula Valadão, famosa por sua liderança no grupo Diante do Trono, criticou líderes religiosos que utilizam a igreja para fins de enriquecimento pessoal. Em declarações publicadas no Instagram nesta terça-feira (11), a artista afirmou estar “perdendo a paciência” com pastores que adotam estratégias de coaching para atrair fiéis e ampliar arrecadações.
O posicionamento de Ana Paula Valadão foi compartilhado pelo perfil Fala Farizeu e gerou ampla discussão nas redes sociais, segundo o JM Notícias.
A pastora questionou a transformação de igrejas em modelos empresariais, argumentando que a busca pelo lucro estaria sendo priorizada em detrimento da missão evangelística. “Estou perdendo a paciência com essa realidade”, declarou, ao mencionar o uso de técnicas de coaching para fidelizar fiéis e aumentar arrecadações. Sem citar nomes, afirmou que a prática é incompatível com os ensinamentos cristãos.
Valorizando líderes
Ana Paula Valadão defendeu a importância de reconhecer pastores que seguem os princípios descritos em 1 Timóteo, livro do Novo Testamento que instrui líderes a serem “irrepreensíveis, moderados e bons exemplos”.
“Precisamos valorizar quem se dedica ao evangelho de verdade, não ao marketing”, afirmou. Para a cantora, humildade e integridade devem ser características fundamentais de qualquer ministério religioso.
A declaração teve grande alcance, gerando mais de 850 comentários no post original. Enquanto alguns internautas apoiaram a crítica à mercantilização da fé, outros consideraram a afirmação generalista. “Finalmente alguém fala a verdade!”, escreveu um usuário. Outro opinou: “Nem todos são assim, ela está criando divisão”. A discussão reflete divergências históricas dentro das denominações evangélicas sobre questões financeiras e transparência.
Integrante da banda Diante do Trono e fundadora de uma igreja em Austin, nos Estados Unidos, Ana Paula Valadão possui grande notoriedade no meio gospel. Suas declarações ressoam entre evangélicos que discutem a ética ministerial, um tema que ganhou destaque após casos de desvio de dízimos nos últimos anos. Apesar da repercussão, a pastora não apresentou medidas concretas para lidar com o problema, limitando-se a um chamado por “mudança de mentalidade”.
