Seguidora de religiões de matriz africana, a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, participou de sete encontros com mulheres evangélicas em iniciativa do PT para aproximar o governo do segmento que mais o rejeita.
O primeiro encontro ocorreu no Rio de Janeiro, em julho, na Igreja Batista de São Cristóvão. Em seguida, houve agendas em Salvador, Manaus e Ceilândia (DF). Em Manaus, ela afirmou que seu papel é promover o diálogo e declarou que não faria ataques pessoais, em referência a críticas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Na quarta-feira, 01 de outubro de 2025, Janja esteve em Caruaru (PE), onde se reuniu com mulheres da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito. Em cada encontro, a primeira-dama apresenta pautas relacionadas à realidade feminina e responde a perguntas sobre políticas públicas. Segundo a própria Janja, os eventos têm foco em escuta ativa e aproximação com lideranças locais.
Além das agendas no Brasil, Janja participou de um podcast com pastores e esteve em um culto na The Abyssinian Baptist Church, em Nova York. Nas redes sociais, ela classificou essas experiências como momentos de “escuta e acolhimento”. Disse também sentir-se cada vez mais à vontade em espaços evangélicos.
A movimentação integra o esforço do governo para reduzir a distância com esse público. De acordo com pesquisa Quaest, 61% dos evangélicos desaprovam a gestão de Lula, enquanto 35% aprovam. Segundo a série de encontros, a diferença vem diminuindo nos últimos meses.