Um agricultor cristão nigeriano condenado à morte após matar um homem descrito como radical fulani, em um caso apresentado como legítima defesa, foi libertado depois que o governador do estado de Adamawa, Ahmadu Umaru Fintiri, concedeu um indulto total. A libertação ocorreu após mobilização de defensores de direitos cristãos e pressão pública liderada pelo deputado americano Riley M. Moore, republicano da Virgínia Ocidental.
Defensores e o congressista comemoraram a saída da prisão de Sunday Jackson, estudante e agricultor da Área de Governo Local de Demsa, em Adamawa. Ele havia sido condenado à morte em 2021 por um confronto ocorrido em 2015 em sua fazenda, quando foi esfaqueado e usou a faca para matar o agressor, identificado como Buba Ardo Bawuro.
Moore anunciou a libertação em uma declaração divulgada em terça-feira. “Sunday Jackson está livre! Depois de mais de uma década na prisão cumprindo pena de morte por se defender, Sunday Jackson foi perdoado”. Ele acrescentou: “Sunday é um agricultor cristão que, como inúmeros outros cristãos na Nigéria, foi brutalmente atacado por um radical islâmico. Sunday reagiu em legítima defesa, matando seu agressor. Tenho defendido a libertação de Sunday tanto em público quanto em reuniões privadas, inclusive durante minha recente visita da delegação do Congresso à Nigéria”.
O secretário de imprensa de Fintiri, Humwashi Wonosikou, comunicou o indulto em terça-feira e afirmou que a medida foi tomada “em comemoração às celebrações de Natal e Ano Novo”. Na mesma nota, ele citou outros beneficiados: “Jackson, que está no Centro de Custódia de Segurança Média de Kuje, foi perdoado juntamente com Joseph Eugene, do Centro de Custódia de Segurança Média de Yola, e Maxwell Ibrahim, que cumpre pena no Centro de Custódia de Segurança Média de Kaduna”.
Jackson afirmou que trabalhava em sua fazenda em Numan quando o homem levou animais para sua propriedade. Ele disse que foi atacado ao confrontar a situação e que conseguiu dominar o agressor, matando-o durante a luta.
Em 2021, um juiz do Tribunal Superior de Adamawa decidiu que Jackson deveria ter fugido do local em vez de matar o agressor, e a sentença foi de morte por enforcamento. De acordo com o The Christian Post, em março a Suprema Corte da Nigéria confirmou a condenação.
Entre os que atuaram pela libertação estão o advogado de direitos humanos Emmanuel Ogebe, do US Nigeria Law Group, e o pastor William Devlin, radicado nos Estados Unidos e descrito como CEO voluntário das organizações REDEEM! e Widows & Orphans. Devlin publicou no Facebook: “Sunday Jackson, nosso irmão cristão na Nigéria, foi perdoado”. Ele também escreveu: “O advogado Ogebe e o reverendo Devlin trabalharam em equipe… toda a glória e todo o crédito são dados a Deus!”.
Em março, Devlin se ofereceu para trocar de lugar com Jackson após a confirmação da sentença. “Eu vejo isso como obediência às Escrituras”. Ele continuou: “Jesus Messias fez isso por mim. Ele foi para a cruz, e eu tenho uma nova vida por causa disso. Então, por que eu não faria isso por outra pessoa?”.









































