Um ato de vandalismo com símbolos nazistas foi registrado na Magen David Yeshiva, escola judaica localizada no bairro de Gravesend, Brooklyn, na manhã desta quarta-feira, 5. O Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD) confirmou que investiga o incidente como crime de ódio.
De acordo com o relatório policial, o perpetrador pichou quatro suásticas vermelhas na fachada do edifício – duas sobre as colunas principais e duas em janelas. Imagens de vigilância capturaram um indivíduo chegando ao local por volta das 6h30 em uma bicicleta, executando os símbolos e fugindo em seguida.
A temporalidade do episódio – poucas horas após a confirmação da vitória eleitoral de Zohran Mamdani – gerou reações na comunidade local. Bob Moskovitz, coordenador-executivo da patrulha comunitária Flatbush Shomrim, declarou ao New York Post:
“À luz dos resultados da eleição, todos estão muito sensíveis e preocupados que isso se torne a nova norma”. Moskovitz caracterizou o ataque como “um ato de ódio chocante e traumático”.
Manifestações de representantes religiosos também emergiram no contexto eleitoral. O pastor Martin Sedra, da Echo Church, utilizou sua plataforma no Instagram para expressar apreensão com os resultados. Sedra afirmou temer impactos sobre “valores cristãos e a cultura americana”, classificando a vitória como “um desafio para princípios que considera fundamentais” e conclamando por orações pela cidade.
Paralelamente, registros da Movement Church em sua conta do Instagram, dias antes da eleição, proclaimavam: “Nova Iorque pertence a Jesus”, acrescentando: “Cada centímetro quadrado deste planeta, cada bairro e cada quarteirão da cidade de Nova Iorque pertencem a Jesus”.
Especialistas consultados indicam que estas declarações refletem tensões históricas entre grupos religiosos e propostas políticas progressistas.
Em resposta ao ato de vandalismo, a administração escolar removeu imediatamente as pichações das janelas e cobriu as colunas com bandeiras de Israel.
Um pai de alunos, que optou pelo anonimato, associou diretamente o crime ao cenário político, descrevendo-o como “a nova Nova Iorque de Mamdani” e interpretando-o como “um recado simbólico de que o antissemitismo pode se manifestar sem punição”.
Zohran Mamdani emitiu nota oficial através da plataforma X, anteriormente Twitter, qualificando o incidente com símbolos nazistas como “repugnante e doloroso” e afirmando estar “comprometido em ficar firme com nossos vizinhos judeus para erradicar o antissemitismo”.
A governadora Kathy Hochul anunciou a destinação de US$ 20 milhões em verbas adicionais para segurança de escolas não públicas, após descrever o vandalismo como “um ato de terrorismo doméstico”.
O NYPD informou que mantém patrulhamento reforçado na região e analisa as imagens de vigilância para identificação do suspeito. A Liga Antidifamação (ADL) emitiu comunicado afirmando que monitorará as políticas da nova administração municipal quanto a possíveis impactos sobre a comunidade judaica.
Analistas políticos destacam que a gestão de Mamdani, cuja posse ocorrerá nos próximos meses, será observada atentamente por apoiadores que visualizam oportunidades de transformação social e por críticos que alertam para possíveis impactos econômicos e sociais de suas propostas. Com informações: Comunhão.







































