Após anos de declínio constante, os americanos estão redescobrindo a Bíblia — e os jovens adultos estão liderando esse movimento.
Novas descobertas do relatório Estado da Igreja 2025 da Barna, produzido em parceria com a Gloo, revelam uma retomada nacional na leitura semanal da Bíblia.
O relatório revela que 42% dos adultos nos EUA afirmam ler as Escrituras semanalmente — um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao mínimo histórico de 30% em 2024.
Esse número sobe para 50% entre os que se identificam como cristãos, marcando o nível mais alto em mais de 10 anos.
Os millennials e a geração Z estão no centro dessa mudança. Os dados da Barna mostram que os millennials tiveram um aumento de 16 pontos percentuais desde 2024, com 50% relatando que leem a Bíblia semanalmente.
A Geração Z vem logo em seguida, saltando de 30% para 49% em apenas um ano.
Em contrapartida, a geração Baby Boomer — que antes era a mais assídua na leitura da Bíblia — agora apresenta os índices mais baixos, com apenas 3% lendo semanalmente.
A geração X permanece praticamente inalterada, com um ligeiro aumento para 41%.
Essa mudança em direção a um maior envolvimento dos jovens sugere uma reversão de tendências de décadas, em que a leitura da Bíblia era mais forte entre as gerações mais velhas e estava em declínio entre os jovens.
O CEO do Barna Group, David Kinnamon, afirmou: “Em 2025, observa-se um grande ressurgimento da leitura da Bíblia, juntamente com um aumento significativo no uso entre as gerações mais jovens. Isso está em consonância com outros sinais de interesse espiritual e reforça a constatação de que a fé e a prática cristãs estão passando por um momento de renovação.”
As últimas descobertas da Barna também revelam uma reviravolta inesperada: os homens mais jovens estão agora superando as mulheres no envolvimento com a Bíblia. Em estudos anteriores, as mulheres relataram consistentemente um envolvimento maior do que os homens na leitura das Escrituras, participação na igreja e oração.
O Sr. Kinnaman explicou: “As mulheres geralmente têm sido mais ativas religiosamente do que os homens. Mas agora, os homens mais jovens surgem como os leitores mais frequentes da Bíblia. Além disso, houve um aumento maior na leitura entre os homens do que entre as mulheres após a pandemia.”
Essa tendência ecoa outro estudo recente da Barna focado na Geração Z, que revelou que quase 40% das mulheres jovens adultas (entre 18 e 24 anos) se descrevem como não tendo nenhuma afiliação religiosa ou crença em Deus — a maior taxa entre todos os grupos demográficos.
Com 31%, a leitura semanal da Bíblia entre as mulheres da Geração Z fica bem abaixo dos 41% relatados entre a Geração Z como um todo.
Outro estudo da Barna mostra que apenas 36% das mulheres relatam frequentar a igreja semanalmente, enquanto 43% dos homens fazem o mesmo.
Os pesquisadores relacionam esse distanciamento a sentimentos de isolamento e apoio inadequado das gerações mais velhas: apenas um terço das mulheres da Geração Z acredita que seus pais as entendem, e pouco mais de um quarto se sente apoiado por seus pais.
No entanto, o Sr. Kinnaman observou: “O envolvimento está superando a convicção. As pessoas estão abrindo a Bíblia com mais frequência, mas ainda estão debatendo o que acreditam sobre ela. Essa lacuna entre ler e confiar merece atenção.”
Apenas 36% dos adultos — e 44% dos cristãos — dizem acreditar que a Bíblia é completamente precisa em seus ensinamentos, uma queda em relação aos 43% registrados em 2000. Pesquisadores da Barna descrevem essa mudança como uma “reinicialização”, e não um reavivamento completo.
Ainda assim, acreditam que isso pode sinalizar o início de uma reorientação mais profunda em direção à fé — especialmente entre as gerações mais jovens que buscam significado em um mundo incerto.
“Não estamos testemunhando uma transformação social radical, mas estamos vendo os americanos retornarem a padrões de fé que estavam se perdendo. Isso por si só já é um sinal de esperança”, disse o Sr. Kinnaman.
Para os líderes religiosos, a mensagem é clara: a curiosidade está crescendo, mas a convicção precisa ser cultivada.
Ele acrescentou: “Devemos celebrar o aumento do número de leitores da Bíblia em nossa sociedade. Em seguida, devemos nos comprometer a ajudar esses leitores a encontrar Deus por meio do texto e a integrar o que leem em sua vida cotidiana. É aí que a transformação acontece.”
Folha Gospel com informações de The Christian Today







































