Um ex-muçulmano identificado como *Yasin, residente no Iraque, relatou à organização Open Doors UK & Ireland sua conversão ao cristianismo após uma experiência sobrenatural e a subsequente perseguição que precisou enfrentar, promovida por sua própria família.
O caso ilustra os riscos de mudança religiosa em contextos de restrição à liberdade de crença, algo que tem posto em risco a vida de milhares de cristãos.
Conversão:
Yasin descreveu questionamentos durante sua juventude islâmica: “Eu dizia: ‘Deus, se Você é real, me dê um sinal’”. Segundo seu testemunho, um sonho decisivo ocorreu anos atrás: “Vi alguém de beleza indescritível. Colocou a mão em minha cabeça e disse: ‘Tu és meu filho amado. Este é o caminho, siga-me’”.
Após compartilhar a visão com um amigo muçulmano – que a atribuiu ao “diabo” –, buscou interpretação com um cristão conhecido da família. Este afirmou: “Isto é Deus se revelando a você”, e o incentivou a ler o Evangelho.
Conflito familiar:
A adesão ao cristianismo gerou reações violentas. O ex-muçulmano afirmou que, ao revelar a leitura da Bíblia aos filhos, causou “choque”. Seu irmão, incumbido de interromper suas atividades, tentou assassiná-lo múltiplas vezes:
“Jogaram bombas em minha casa”. Uma ameaça escrita deixada em sua residência alertava: “Se você não abandonar o cristianismo, eu te mato”. A esposa inicialmente não o apoiou, e a comunidade passou a isolá-lo: “Quando saímos de casa, nos insultam”.
Missão e resistência
Apesar dos risos, Yasin recusou-se a deixar o país: “Tentei várias vezes ir embora, mas Deus colocou em meu coração a vontade de ficar”. Ele interpreta a perseguição à luz de Mateus 10:16 (“Sendo enviados como ovelhas no meio de lobos”) e crê numa vocação específica: “O Senhor tem uma missão para mim: levar Boas Novas ao meu povo”.
O Iraque ocupa a 15ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Open Doors, com conversões do islamismo frequentemente gerando rejeição familiar e ameaças. Organizações documentam casos semelhantes de revelações oníricas precedendo mudanças religiosas na região.
(Nome alterado para proteção do entrevistado)