O pastor Teo Hayashi, fundador do movimento Dunamis, reagiu às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o público evangélico. Durante um evento do PCdoB em Brasília, em 22 de outubro, Lula afirmou que “evangélico não é contra nós, nós é que não sabemos falar com eles”, ao defender uma aproximação com lideranças religiosas em vista das eleições de 2026.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Hayashi afirmou que o discurso do presidente tem interesse eleitoral. “Agora sim, ele quer falar de Jesus e da Bíblia, tentando colar. Mas a Bíblia não é cabo eleitoral e o Evangelho não serve pra legitimizar governos. Serve pra confrontar poderes”, declarou.
Crítica às pautas petistas
O pastor afirmou que a dificuldade não é de comunicação, mas de cosmovisão. Segundo ele, os evangélicos “entendem bem demais o que o governo defende” e se opõem a pautas que consideram contrárias aos valores bíblicos.
Hayashi mencionou temas como aborto e relações com regimes autoritários. “Enquanto pastores são presos e igrejas fechadas em países como Cuba e Nicarágua, o governo brasileiro elogia essas ditaduras”, disse.
Ele também relacionou a tentativa de diálogo com o peso eleitoral dos evangélicos no país. “Quase um terço da população é evangélica. Boa parte das eleições no Brasil será decidida por essa base. Por isso esse discurso mudou”, afirmou.
‘Evangelho não é instrumento político’
Encerrando sua fala, Hayashi fez um alerta aos fiéis sobre o uso da religião em disputas eleitorais. “O Brasil não precisa de gente citando versículos para conquistar o coração dos evangélicos, precisa de um povo que viva a Bíblia”, concluiu.
O pastor destacou que o Evangelho deve ser preservado de manipulações políticas, reafirmando que sua função é orientar princípios espirituais e morais, e não servir de ferramenta de poder.







































