Um levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) aponta uma mudança no perfil dos nomes mais registrados no país em 2025, sugerindo uma queda nos registros inspirados em personagens bíblicos.
A análise, feita com base no Portal da Transparência do Registro Civil, mostra uma preferência crescente por nomes de apelo moderno e internacional, enquanto a frequência de nomes de origem bíblica continuou em declínio.
Pelo segundo ano consecutivo, Helena foi o nome feminino mais registrado, com 28.271 ocorrências. A nomeação lidera o ranking desde 2020, com exceção de 2022, marcando uma ascensão notável — há dez anos, ocupava a 45ª posição.
A lista dos nomes mais registrados no período é composta majoritariamente por nomes curtos e de sonoridade considerada contemporânea. Após Helena, destacam-se Ravi (21.982), Miguel (21.654), Maitê (20.677) e Cecília (20.378). Completam o top dez Heitor, Arthur, Maria Cecília, Theo e Aurora.
Segundo o presidente da Arpen-Brasil, Devanir Garcia, a escolha reflete transformações culturais e sociais. “As famílias buscam simplicidade, influência global e referências do ambiente digital”, afirmou, o que explicaria a menor incidência relativa de nomes bíblicos tradicionais.
Ainda assim, alguns como Davi, Samuel e Noah permanecem no ranking masculino, embora em posições menos destacadas.
Em novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou sua plataforma Nomes do Brasil, que consolida dados históricos. O instituto registra que Maria segue sendo o nome mais comum entre a população brasileira no total, com aproximadamente 12,3 milhões de registros ao longo das décadas.









































