A educação brasileira tem passado por um processo de transformação significativa nos últimos anos, marcado por mudanças estruturais e debates sobre valores e princípios aplicados ao ensino oferecido nas escolas.
Além das alterações promovidas pelo novo Ensino Médio, que modificaram a grade curricular, temas relacionados à religião nas escolas, como cultos durante o intervalo das aulas e o uso da Bíblia como material de apoio didático, têm gerado discussões entre educadores, famílias e representantes da sociedade civil.
Diante desse contexto, a revista Comunhão entrevistou Valseni Braga, diretor-geral da Rede Batista de Educação (RBE). Durante a conversa, ele comentou sobre as mudanças no sistema educacional brasileiro e ressaltou a importância de instituições que mantenham princípios cristãos em sua proposta pedagógica. Segundo Braga, a legislação garante às escolas confessionais o direito de ensinar conforme suas convicções religiosas.
“Nas escolas confessionais cristãs, elas têm o direito, por lei, de ensinarem conforme creem, e não há nenhuma dificuldade de usar a Bíblia. Aliás, na Rede Batista de Educação estamos distribuindo Bíblias para estudantes e colaboradores, todas personalizadas, bilíngues, com capas de couro, na versão atualizada. Só este ano serão 5.200 Bíblias. Nós queremos incentivar os estudantes a terem mais contato com a Palavra de Deus”, afirmou o diretor.
Braga também destacou que, nessas instituições, os alunos podem participar de cultos durante o intervalo sem receio de críticas ou censuras. “Com isso, nossas escolas estão sendo muito valorizadas pelas famílias. O nível de bullying é quase zero. Por quê? Porque é um ambiente de respeito mútuo, empatia, de comunhão. Não apenas ensinamos, mas vivenciamos isso no dia a dia”, disse.
Segundo o diretor, a formação integral do estudante é um dos pilares da Rede Batista, que busca preparar o aluno desde o maternal para os desafios acadêmicos e pessoais. Ele enfatizou que o objetivo da instituição é oferecer uma educação que una tecnologia, valores e equilíbrio emocional.
“Investimos em tecnologia, em uma segunda língua, em robótica e demais componentes curriculares. A gente prepara o nosso estudante para ter um equilíbrio maior. Essa rede tem 107 anos de experiência com uma boa educação. Ninguém fica tanto tempo no mercado se não for inovador e conseguir falar a linguagem das novas gerações. E estamos sendo muito bem avaliados pelas famílias”, concluiu Braga.