Uma família residente em uma região do Iraque anteriormente controlada pelo Estado Islâmico (EI) viu sua realidade transformada após receber assistência humanitária de um grupo missionário cristão. O caso foi relatado por uma missionária em uma igreja no Brasil, cuja identidade foi preservada por motivos de segurança.
De acordo com o relato, divulgado durante um culto, a situação ocorreu quando militantes do EI ainda mantinham controle sobre partes do território iraquiano. Enquanto o marido estava ausente, integrando as fileiras do grupo extremista, sua esposa e seus três filhos enfrentavam escassez severa de alimentos.
A missionária descreveu que a mulher, sem opções para alimentar os filhos, dirigiu-se a um local onde organizações humanitárias distribuíam cestas básicas. Ao chegar, foi informada de que todos os recursos já haviam sido entregues. Perante a negativa, a mulher declarou: “Então, eu vou ter que me prostituir para alimentar os meus filhos”.
Os voluntários no local, então, realizaram uma oração e conseguiram obter mais alimentos através de contatos. A mulher recebeu uma cesta básica e pode preparar uma refeição para as crianças. Em seguida, escreveu uma carta ao marido detalhando a situação de extrema necessidade pela qual passavam e como um grupo de cristãos havia providenciado o alimento.
Ao receber a correspondência, o homem questionou sua permanência no Estado Islâmico. Ele decidiu desertar do grupo e retornar para a sua família. Posteriormente, tanto ele quanto a esposa converteram-se ao cristianismo, de acordo com o testemunho da missionária.
O pastor e missionário Mauro Bueno, que atua com evangelização no Rio de Janeiro e conhece a missionária desde 1997, quando trabalharam juntos na JOCUM (Jovens Com Uma Missão) em Porto Alegre, descreveu-a como “uma mulher de fé e coragem”. Ele reforçou o encorajamento para que cristãos apoiem ações missionárias e orem por transformações em contextos de conflito.
A missionária finalizou seu relato exortando os presentes a continuarem com as orações, afirmando que “a oração de vocês aqui atinge terroristas lá no Oriente Médio”. A história foi compartilhada como exemplo de impacto de ações humanitárias em zonas de guerra.