A pastora Denise Seixas, viúva do apóstolo Rina, anunciou na noite desta quarta-feira (12) sua renúncia ao cargo de presidente interina da Igreja Bola de Neve. A decisão foi tomada após um período de oração e diálogo com os conselheiros da instituição.
Em comunicado, Denise afirmou que a medida foi alinhada com a diretoria e o conselho da igreja, respeitando o legado de seu falecido esposo, o apóstolo Rina, e buscando o melhor para os membros da congregação. “Com a certeza de que Jesus Cristo é soberano, seguimos confiando que Ele guiará este novo tempo”, declarou.
Disputa interna
Desde a morte de Rina, que faleceu em um acidente de moto na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas (SP), no dia 17 de novembro de 2024, a liderança da Bola de Neve passou por turbulências. Denise entrou em rota de colisão com o conselho da igreja, resultando em disputas judiciais pelo comando da instituição.
No dia 9 de janeiro, a 12ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reconheceu Denise como presidente interina e vice-presidente da igreja. A decisão também determinou que a diretoria administrativa e o conselho deliberativo permanecessem com a mesma composição de antes da morte do fundador.
Acordo de divórcio e questionamentos
Documentos revelam que, em agosto de 2023, Denise e Rina assinaram um acordo de divórcio no qual a pastora aceitou deixar o cargo de vice-presidente da igreja. No entanto, ela manteve o título de cofundadora e uma remuneração mensal de R$ 10 mil, além do plano de saúde da instituição.
A decisão de Denise de reassumir a liderança da igreja após a morte de Rina gerou desentendimentos internos. Em 18 de novembro, o conselho da Bola de Neve nomeou Gilberto Custódio de Aguiar como vice-presidente interino. O colegiado, representado por um grupo de advogados, entrou com uma ação de reintegração de posse para reverter a decisão judicial.
Futuro da Bola de Neve
Com a renúncia de Denise Seixas, o comando da Bola de Neve segue indefinido. A igreja ainda não anunciou oficialmente quem assumirá a presidência. Nos últimos meses, a instituição esteve no centro de polêmicas, incluindo disputas judiciais e questionamentos sobre seu faturamento.